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COMUNISTAS PORTUGUESES EM PARIS SOLIDÁRIOS COM A GREVE GERAL

manif_paris1 Na manhã do passado dia 14 de Novembro, dia da Greve Geral em Portugal, uma delegação da organização do Partido Comunista Português (PCP) em França esteve presente no Consulado-Geral de Portugal em Paris, cujos serviços se encontravam totalmente encerrados. Os comunistas portugueses juntaram-se assim aos activistas do Sindicato dos Trabalhadores Consulares e das Missões Diplomáticas (STCDE) igualmente presentes no local.

Em declarações à agência Lusa, Nuno Gomes Garcia, dirigente do PCP França, afirmou que este protesto "tenta contrariar os ataques do Governo contra os trabalhadores". No caso concreto de Paris, acrescentou, a greve ganha dimensão porque a cidade "é um ponto importante de chegada de emigrantes", que saem de Portugal em "consequência do empobrecimento [do país]".

consulado_14n O dirigente comunista chamou ainda a atenção para "o encerramento da rede consular que vem acontecendo nos últimos dez anos". Os Governos anteriores, acrescentou, "não pensaram que a emigração voltasse a atingir os níveis atuais, mas a verdade é que atingiu". Hoje, alertou, "temos menos funcionários consulares [e] menos consulados-gerais, para uma emigração que atingiu os níveis de 1960-70".

Uma delegação constitituída por Nuno Gomes Garcia, Miguel Queirós e Raul Lopes, do Organismo de Direcção Nacional do PCP em França, foi recebida pelo Cônsul-Geral, Pedro Lourtie, a quem manifestou a solidariedade dos comunistas portugueses com os trabalhores consulares em greve e expressou as suas preocupações e repúdio pela política governamental em curso de ataque aos direitos dos trabalhadores e de empobrecimento do País. Os novos fluxos migratórios foi outro dos temas tratados no encontro.

À tarde, juntamente com trabalhadores do Consulado, da Embaixada e da representação portuguesa na OCDE, os comunistas portugueses residentes em Paris participaram no desfile contra a Austeridade convocado pelos sindicatos franceses.