Está em perigo o ensino do português no estrangeiro
O Organismo de Direcção do PCP na Alemanha emitiu um comunicado no qual considera "muito graves as declarações da Presidente do Instituto Camões de que é intenção do Governo nalguns países acabar com o ensino do português como língua materna".
COMUNICADO DO ORGANISMO DE DIRECÇÃO NACIONAL NA ALEMANHA DO PCP
O Organismo de Direcção do PCP na Alemanha considera muito graves as
declarações da Presidente do Instituto Camões de que é intenção do
Governo nalguns países acabar com o ensino do português como língua
materna. Esta orientação integra-se na política anticomunidades do
Governo do PS-Sócrates e vem demonstrar que ao contrário daquilo que
foi apregoado na campanha eleitoral pelos adeptos do PS, o voto no
Partido
Socialista foi um voto na continuação da política de direita, na política de ataques aos direitos das comunidades portuguesas.
As medidas até agora tomadas pelo Partido Socialista e pelos Governos
actual e anterior de José Sócrates têm tido por objectivo fragilizar a
rede de ensino do português no estrangeiro. Foi assim com o a aprovação
do Decreto sobre o Estatuto Jurídico dos professores, com a passagem da
responsabilidade do Ministério da Educação para o Instituto Camões e
com a recusa do preenchimento dos lugares dos professores de apoio
junto dos consulados.
Os comunistas portugueses na Alemanha apelam a todos os compatriotas,
associações e comissões de pais para que se mobilizem e se organizem
para fazer frente a um Governo que continua a desprezar os portugueses
dentro e fora do país. A luta dos professores demonstrou que só pela
resistência activa é possível fazer recuar um governo que engana as
pessoas com rótulos de esquerda para mais à vontade dar graves
machadadas nos direitos constitucionais dos trabalhadores, do povo e
das comunidades portuguesas. Os nossos filhos têm direito ao ensino da
língua e da Cultura portuguesa como cidadãos nacionais que são e sempre
serão, tal como estabelece o artigo 73° da Constituição da República
Portuguesa surgida da Revolução do 25 de Abril.
ODN/ALEMANHA DO PCP
20.01.2010